domingo, 27 de maio de 2018

Degustação às cegas - O que é isso!?

Você já deve ter ouvido falar, que “fulano foi numa degustação às cegas”, ou já leu em algum lugar esta expressão, mas ficou aí se perguntando o que era isso, enfim!?
Degustação às cegas nada mais é do que provar uma série de vinhos, sem saber nada sobre ele, ou seja, você tapa o rótulo todo, para que possa provar sem interferência alguma!!
Existem muitas razões para se fazer isso:

- Por pura diversão de não se saber o que está provando!
- Para evitar preconceitos entre vinhos, por exemplo, quando você quer colocar entre os vinhos selecionados, um vinho teoricamente mais simples, mas que pode surpreender...Já vi isso acontecer muitas vezes!
- Para tornar a degustação mais didática, quando feitas entre profissionais do vinho, tornando a análise mais criteriosa e com atenção, pois não se sabe ao certo o que se era provando!

Claro que no fim, os vinhos são revelados, e inicia-se uma outra fase deliciosa: A de provar muitas vezes, o quanto a gente já cria preconceito ou expectativas com um vinho, quando se tivesse dado uma chance antes, teria sido uma maravilhosa experiência!!
Então a degustação às cegas é para isso mesmo: Deixar a gente “cego” por alguns minutos, só para desvendar os aromas e sabores daquele vinho, e saber no final, sem preconceitos prévios, se você irá se apaixonar por aquele vinho!!
Eu já cansei de me apaixonar assim...Tente você também, é uma experiência ótima!!



Saúde Sempre


Luciana Martinez

domingo, 20 de maio de 2018

Leveduras Indígenas, afinal o que é isso?


Pois é, estamos sempre usando milhares de termos nesse universo do vinho, muitos ainda desconhecidos para a grande maioria.
Então vamos entender um pouco o que são as leveduras indígenas, mas antes de mais nada, vamos relembrar: "Como a uva vira vinho?"
Depois de colhidas as uvas vão para contina onde serão tratadas, separadas, etc... tudo dependendo do estilo de vinho a ser feito, o açucar da uva é transfomado em álcool através da ação das leveduras, só então temos o vinho, senão teríamos suco de uva.
As leveduras que estão presentes na atmosfera e na casca da uva, são chamadas de leveduras indígenas ou leveduras selvagens. Como o próprio nome diz, não se sabe como irão reagir e tampouco as características que serão destacadas durante a fermentação enquanto essa não começar a acontecer.
Já as leveduras selecionadas são produzidas visando resultados específicos, aromas, sabores do vinho e essas são comercializadas por empresas que as criam e vendem aos produtores de vinho que já tem em mente "o que gostariam" de "tirar"de cada uva, que tipo de características  nos vinhos.
Você deve estar se perguntando: "O que é melhor ou pior?" "Por que escolher uma ou outra?"
Existem enólogos que afirmam que só poderemos ter um vinho de "terroir, com características próprias, se deixarmos a natureza agir, desta forma as leveduras selvagens seriam as indicadas.
Porém, corre-se o risco de não "sair" aquilo que se esperava de uma produção e existem os defensores das leveduras selecionadas para serem usadas corretamente para cada tipo de vinho.
Essa é uma discussão que não tem certo nem errado, melhor ou pior, desde que o vinho esteja saudável é tudo uma questão de gosto.
Por isso os vinhos são bebidas tão mágicas e deliciosas, estão sempre mudando e abrir uma garrafa, para mim pelo menos, é sempre uma surpresa.
O que vale mesmo é ao final de um tempo termos tido mais surpresas boas que ruins!!


Tim Tim

Larissa Moschetta

domingo, 13 de maio de 2018

Um brinde para você, Mãe!!

A gente deve a vida, as lições aprendidas...As boas e as duras (Risos!), e todo o amor que passamos a vida recebendo destas incríveis mulheres!!
Mãe é abraço, destempero (As vezes precisa, não!?RISOS) e controle, tudo para nos tornarmos pessoas melhores!!
Filhos não vem com bula, mãe não nasce sabendo o que é, e como fazer...Deu febre, não para de chorar, sobe onde não deve sem notar perigo algum...Cada minuto, é uma novidade!!
E tudo isso não importa a idade, a preocupação sempre será grande...Por uma única razão: Tem amor de Mãe dentro daquele peito!!
Mas você deve estar aí se perguntando o que tudo isso tem a ver com vinho...Fala a verdade!?

Pois eu lhe digo que tem tudo!!
Os bons vinhos, exatamente como as mães que nasceram com este ingrediente “a mais” dentro delas, que é o desejo de cuidar de alguém por toda sua vida, é uma analogia muito boa com a vida do vinicultor (a), a pessoa que dedica a sua vida, para ver a parreira crescer, tantas vezes vendo seus galhos tomarem direções erradas, este vinicultor (a) que testa seus frutos, para verificar se a forma que cultivou e cuidou da terra, deu frutos doces e suculentos!!
Se tudo deu certo no campo com a uva, depois vem a fase de fazer o vinho...Tomara que esta fase passe bem!!
E depois, se tudo deu certo, é hora de engarrafar, e esperar que todas as decisões tomadas desde o nascimento, até aquele vinho aberto na casa de alguém, mostre que o fruto era bom, que este vinicultor (a), soube cuidar e viu “ao final”, algo mágico que somente quem ama muito, pode gerar!!




Um brinde para vocês Mães, que semeiam a terra, plantam seus frutos, e neles vemos suas grandes criações!!



Saúde Sempre!


Luciana Martinez

domingo, 6 de maio de 2018

Vinhos Inesquecíveis!!

Para os enamorados por vinho, falar sobre "um" rótulo chega quase a ser um sacrilégio, mas a verdade é que existem vinhos que marcam nossas vidas de uma tal forma que nunca mais os esquecemos.
Há alguns anos atrás, quando fiz meu curso de Sommelier para Enófilos, tive a grande oportunidade de provar o "La Coulée de Serrant"- AOC Coulée de Serrant, produzido por Nicolas Joly (Vale do Loire - França)
O "monsieur" Joly  é uma lenda no mundo dos vinhos, muitíssimo respeitado por sua visão futurista, quando em meados dos anos 80, transformou todo seu domaine em biodinâmico.  Já foi considerado louco, mas seus 3 únicos vinhos brancos, da uva Chenin Blanc, provam aos olhos, nariz e boca que de louco ele não tem nada, talvez um grande mago do vinho, ahhhh isso sim... Risos!

Sábado passado, no encontro da minha confraria VINIAMATORES, degustei pela segunda vez esse vinho que com certeza é o MELHOR BRANCO que tive o privilégio de conhecer.
Por ser tão especial ele possui uma AOC (apelação de origem controlada) própria, numa superfície de 7 hectares, plantados pela primeira vez em 1136 pelos monges cisterciense. São produzidas em média de 18 a 20 mil garrafas por ano.

Aromas minerais, pedra de isqueiro , pêra e flor branca, na boca é untuoso, muito extrato, aparece um toque de damasco e a acidez é indescritível , final loooongo, 100% de leveduras indígenas e 0% de adição de SO2 ou seja o vinho é bom MESMO, ou melhor, é incrível, nada para disfarçar defeitos ou proteger de alguma contaminação.

Esse é um produto que vem de encontro às aspirações de uma geração preocupada com o solo, a vida, a existência digna do homem e dos animais. Uma filosofia que está nos provando por A + B que é preciso haver um equilíbrio na vida pois sem ele estaremos fadados ao desaparecimento.

Esse é um produto que "demonstra" em 750ml o meu grande amor pelos vinhos, pela "vida"que existe dentro de cada garrafa, que representa as mãos que plantaram as uvas, os animais que araram a terra, os pássaros que comeram das frutas e deixaram seu adubo por onde passaram e principalmente pelos homens por trás deste trabalho.

São vinhos como esse que me fazem ter a certeza que só existe um caminho para consumirmos cada vez mais produtos melhores e mais saudáveis e esse caminho se chama RESPEITO e  EQUILÍBRIO.

Por isso convido todos vocês a provarem cada vez mais vinhos orgânicos e biodinâmicos e se tiverem a oportunidade, o "Coulée de Serrant" vos espera!!

Tim Tim e até a próxima garrafa

Larissa Moschetta