domingo, 28 de outubro de 2018

Um vinho doce muito especial!!!

Quem gosta de vinho, deve também ter no seus arsenais de sabor, uma doce lembrança de um vinho doce!!
Eu honestamente e infelizmente não tenho o sabor deste vinho na minha memória, pois nunca tive chance de provar, mas de qualquer forma, fica registrado minha vontade e divido com você, a história do VIN DE CONSTANCE!!
Foi Jan Van Riebeeck em 1652 que plantou as primeiras coxeiras na África do Sul, mais exatamente no Cabo e já em 1659 colheu os primeiros frutos de seu trabalho, colhendo uvas Moscatel e outras uvas brancas, e preparando um vinho!
O tempo passou e em 1685 o Cabo Simon Van de Stel foi viver por lá, e buscou um bom solo para também plantar suas uvas...Esse local foi chamado de Constantia!
Depois de alguns anos, os vinhos produzidos naquelas terras, começou a fazer sucesso, e nascia ali o famoso Vin de Constance!
Com a morte do Cabo, seus bens foram divididos e as terras com videiras ganharam novo dono, chamado Klein, que deu continuidade à produção de vinhos!
No início de 1700 começou a exportação deste vinhos para a Europa e pelo resto do mundo!



Hoje em dia este vinho é produIdo com a uva Muscat de Frontignan, colhida em momentos distintos de maturidade, desde madura até mesmo a supermadura, o que produz, segundo meus estudos, já que nunca provei, um equilíbrio maravilhoso entre acidez e açúcar, o que é essencial para vinhos doces!
Este vinho para torná-lo mais especial, é mantido em barricas de carvalho francês novo (Cerca de 60%), carvalho húngaro e acácia por 3 anos, e posteriormente passa por um estágio em tanque de aço por 6 meses, antes do engarrafamento.
Os sabores e aromas que predominam neste vinho são de frutas cítricas carameladas, com uma persistência gigantesca...Um vinho que respira história e prazer!




Saúde Sempre!

Luciana Martinez

domingo, 21 de outubro de 2018

Qual o seu estilo de vinho?



Não posso negar que falo sobre vinho TODAS as vezes que tenho oportunidade e como é um assunto que interessa para muitas pessoas, falo de vinho TODOS os dias…
Uma afirmação que escuto com certa frequencia é: “Ahhh Larissa não tenho “boca” para reconhecer esse vinho!!!” ou “Não sei dizer o que gosto no vinho,  só sei dizer se gosto ou não dele!!”
Se engana redondamente quem diz não entender nada sobre vinhos. Quando fazemos degustações para grupos e escutamos as impressões sobre o que está sendo provado, percebe-se que a maioria das pessoas é atraída por pontos comuns.
Me explico; ao analisar um vinho “profissionalmente”, avaliamos, corpo, tanino, acidez e álcool e são esses os pontos levantados por todos.
Por isso que quando afirma-se que vinho bom é aquele que você gosta não é uma colocação desprovida de fundamentos.
Então qual seu estilo de vinho? Faça uma análise daquilo que chama sua atenção ao provar algo novo e quais as características daquele vinho que você sempre compra, que te agrada.
Eu, adoro os brancos, com bastante acidez, frutas frescas e herbáceos. Brancos que passam por madeira não são meus favoritos, mas tudo depende da ocasião, harmonização e a companhia, é claro!! Os espumnates são minha paixão e poderia SIM, viver de Champagnes, não fosse um “pequenininhozinho” detalhe, meu bolso… Risos!
O importante mesmo é tomar vinho sempre, além de fazer bem a saúde faz bem as amizades, agrega pessoas e aquece as paixões.
Diz aí, quem não quer viver apaixonado?

Tim Tim!
Larissa Moschetta

domingo, 14 de outubro de 2018

Confrarias de Vinho - Para que servem ?

Quem gosta de vinho como a gente, tem aquela coleção de vinhos que sonha em degustar!
São tantos, que é preciso fazer até lista!
E aí é que entra a confraria de vinho, que se trata da reunião de vários amantes do vinho, para compartilhar informações, beber vinhos e fazer amigos!
As confrarias de vinho podem ajudar em muitas coisas, como por exemplo:

- Estudar sobre vinhos, aproveitando o conhecimento das pessoas do grupo;

- Dividir vinhos que você ou um outro confrade trouxe de uma viagem, ou comprou no Brasil mesmo, e deseja dividir o vinho, para poder discutir e trocar sensações a respeito do vinho;

- Conhecer gente...Tem coisa melhor do que ter amigos que gostam do mesmo que você!?

- Poder beber vinhos mais caros e selecionados, que por poder dividir o custo do vinho, torna viável degustá-lo!

São tantos os prós, e não vejo nada contra...É pura alegria e prazer!
É preciso reunir um grupo de amigos, estabelecer a frequência dos encontros, quem será responsável por cobrar o valor do encontro de cada confrade, onde serão os encontros, se todos serão responsáveis por pelo menos um encontro, juntamente com selecionar os vinhos e o tema e etc!
É importante ter um número mínimo de confrades que seja suficiente para fazer a confraria ter sempre um bom número de pessoas, mesmo que nem todos possam participar, pois se por exemplo a ideia é um encontro por mês, e não há nem mesmo 12 confrades, isso significa que algumas pessoas farão o encontro mais de uma vez no ano, ou até mesmo que não haverá quantidade suficiente para um encontro, e torná-lo economicamente viável!
Acertado estes pontos, é só reunir os amigos, e compartilhar o prazer e alegria que é o vinho:

Garanto: Você terá um grupo de confrades que se tornarão amigos e compartilharão com você as alegrias de Baco!




Saúde sempre!

Luciana Martinez

domingo, 7 de outubro de 2018

O Sassicaia que eu não tomei...



Há 10 anos atrás ganhei um Sassicai 2008. Todos os entusiastas do vinho têm seus "sonhos" e objetivos de consumo e "euzinha" não seria diferente...
O Sassicaia é um dos mitos no universo de Bacco, um Supertoscano que precisa de tempo, de MUITO tempo para ser consumido, é como dizemos "um vinho de guarda".
Meu bolso, infelizmente não me permitiria comprar um vinho desses, pronto para beber, ou seja, comprar em 2018 um vinho 2008...
Por isso ele era motivo de piada na minha confraria, os VINIAMATORES.
Todas as vezes que nos reuníamos na minha casa, dava uma certa hora e todos diziam: "Vamos abrir esse Sassicaia de uma vez".
Ao que eu respondia: "Calma, ainda não, estou guardando para um dia especial, quero escolher com o que e com quem harmonizá-lo."
Aí a vida me prega uma peça e me faz RElembrar que temos que viver o hoje
Fui para Rio Preto, passar o fim de semana com meus pais e meu filhote amado e querido ficou com a casa só para ele.  Resolveu fazer um weekend romântico com a namorada, com direito a vinho, queijos e todos esses prazeres da vida que são sempre melhores vividos a dois.
Quando voltei, ví uma marca de vinho na mesa e perguntei:

EU: "Klaus, que vinho você tomou?"

ELE: "Não me lembro "mumisky", era um tinto seco."

EU: "Ok, que era tinto já percebi, mas não lembra o nome? Se você quer aprender a tomar vinho tem que guardar o nome do que bebe."

ELE: "Acho que era "Caia" alguma coisa..."

(NESTE MOMENTO MEU CORAÇÃO DÁ UM SALTO!!! ME FALTA O AR...)

EU: "Você NÃO tomou meu Sassicaia, tomou? Fala que não, fala que não..."

ELE: "Peraí que guardei a rolha..."









BUAAAAAAAAAAAAAAA!!

Sim, eu chorei, sei que era algo material e não devemos colocar nossas energias nessas coisas. Sei que melhor isso do que meu filho doente, em uma cama hospital. Sei de tantas outras razões que fazem do meu choro algo bobo,  mas a verdade é que tanto planejei sobre esse vinho que a decepção foi inevitável.
Minha amiga querida, Rita Andrade, diz que as histórias mais difíceis de viver são as melhores para contar...

KLAUS: "Mumisky não fica triste. Está chorando por causa de um vinho? Eu vou te comprar outro. Agora estou trabalhando"

(PAUSA PARA PESQUISAR O VINHO E A SAFRA NA INTERNET...)

KLAUS: "O que? Tudo isso? Pô mãe o vinho era "gostosinho", mas não para custar tudo isso..."

EU: "Buaaaaaaaaaaaaaa!!"

Pois é, minhas impressões sobre o Sassicaia 2008 são de que era um "tinto seco"...

Para você que já tomou o Sassicaia, me conta como é? Risos!!

Tim Tim

Larissa Moschetta