domingo, 18 de dezembro de 2016

A Lu e eu, eu e a Lu!! Que vinho será? ( Para Graça Schmidt e Sônia Almeida)



Estamos chegando ao fim de mais um ano, eu sei que parece ser sempre a mesma coisa, a gente falando que passou muito rápido, que nem deu para perceber, que não vimos acontecer, etc...
Sim, é  verdade, tudo isso aconteceu, MAS esse ano foi especial pra mim, tive momentos muito difíceis, porém, olhando para trás, vejo que o que me marcou de verdade foi ter iniciado minha parceria com a Lu e por isso coloco no meu último texto de 2016 um resumo dos meus sentimentos e é claro, falo para vocês sobre qual vinho escolho para selar essa união!!!
Antes de mais nada tenho que agradecer a duas pessoas, se não fossem elas eu não teria conhecido a Lu.
Eu trabalho com moda e há uns 19 anos atrás, conhecí a Graça Schmidt e ela entrou na minha vida como o "furacão" que ela é, direta, decidida e sem frescuras, me pediu algumas roupas e saiu com a mesma rapidez que tinha chegado, me dizendo: "Quando estiver pronto, me liga!!" e eu pensei, "Caramba, ela nem me conhece e já confiou assim!!" Fiz tudo que ela me pediu, liguei e nos encontramos novamente.
Um tempo depois ela me disse: "Amei essa roupa, vou dar para uma grande amiga."
Assim a Sônia Almeida entrou na minha vida e as duas, graças à DEUS, fazem parte dela até hoje.
Calma, vou chegar na Lu... Risos!!!
Um dia, conversando com a cunhada dela ( é a Luuuuuu!!!) que estava fazendo o curso de sommelier, a Sônia diz: "Nossa Lu, a Larissa também adora vinho e faz parte de uma confraria..."
O final dessa história vocês já sabem, a Lu e eu compartilhamos os mesmos interesses, amamos vinho e adoramos dar boas e GRANDES risadas e assim ela me convidou para fazer parte do VINRISOS, um projeto que ela já tinha e cuidava com sua dedicação e amor, há 5 anos.
Não sei como agradecer à vocês Sônia e Graça, por terem colocado a Lu na minha vida e me faltam palavras pra te dizer LUCIANA MARTINEZ, como sou feliz trabalhando com você.
Portanto o vinho que escolho para selar essa amizade é o VINHO SANTO, não poderia ser outro né Lu?? (Gente eu tomo os restos das taças de quem deixar esse vinho no copo...Risos!!!)

VNHO SANTO (VINSANTO)
O Vinho Santo é  produzido na região da Toscana, na Itália, é um vinho doce, complexo, cheio de aromas e sabores que vão aparecendo cada vez que giramos a taça.
Elaborado basicamente com as uvas Malvasia e Trebbiano que após a colheita são colocadas em esteiras de palha para secar. É deste fruto rico em concentração de açúcar, aromas e sabores que é extraído o mosto para fazer esse vinho tão especial.
Aproveitem essa época de festas para provar esse néctar dos deuses com panetone, torta de frutas secas ou com os biscoitos natalinos, será uma experiência inesquecível.

Obrigada por nos acompanhar durante todo esse ano!!

Tim Tim!!!

Larissa Moschetta


domingo, 11 de dezembro de 2016

Que Fiasco!!!

Aquela festa foi um fiasco!!
Quem nunca ouviu esta expressão, levanta a mão!!
Mas você tem alguma ideia de como esta palavra surgiu!?
Então vou contar um pouco de história, porque ela se mistura com vinho, e isso é sempre maravilhoso!!
A Itália, famosa por seus vinhos Chiantis, produzidos com a uva Sangiovese, na região também chamada de Chianti na Toscana, fazia o transporte destes vinhos, em garrafas chamadas Fiasco, e havia um problema grande com este fato:

A garrafa tinha um fundo arredondado!

Imagina só...Os vinhos eram colocados nos navios para o transporte, e com o fundo redondo, uma garrafa ia tombando e batendo na outra, e...Quebrava grande parte delas!
Daí surgiu a frase até hoje usada:

- Foi um fiasco!!

Mas para acabar de vez com este grande fiasco, decidiram colocar uma estrutura de palha no entorno da garrafa, impedindo assim, que as garrafas batessem uma na outra, e quebrassem!
E aí sim, as garrafas começaram a chegar no seu destino inteiras, e até hoje, se pode encontrar vinhos Chiantis com esta garrafa...Não é mais tão comum, mas ainda é possível encontrar, pois hoje eles utilizam com frequência maior, a garrafa tipo Bordeaux (veja mais neste vídeo aqui!), aquela mais tradicional, isso para mudar outra história dos vinhos Chianti, que já contamos aqui no blog (Clique aqui!)!



Aposto que você não sabia a origem da palavra Fiasco, não é mesmo!?
Agora sabe, e pode contar para todo mundo!!




Saúde Sempre!
Luciana

domingo, 4 de dezembro de 2016

Com que taça eu vou?


(Post sugerido por Patricia Ferreira)


Quanto mais falamos sobre vinho, pesquisamos o assunto e degustamos novos sabores, mais interessante fica. Percebemos que colocações que no passado recebíamos como "frescuras" passam a fazer sentido.
Bom pessoal, longe de mim complicar esse maravilhoso mundo de Baco, muito pelo contrário, o que quero é trazer informações para vocês e no post de hoje vou falar sobre as diferentes taças e seus benefícios.
Pois é, eu sei que pode parecer esnobismo dizer que a bebida muda de sabor dependendo de onde for servida, mas se pararem para pensar verão que todos temos nossas xícaras favoritas, existem aqueles que só gostam de tomar o cafézinho no copo americano, outros que só bebem whisky em copo curto ou longo, e por aí vai...
Como sabemos o vinho é uma bebida viva e está em constante mudança, dependendo da cepa, maneira de produção, se passou ou não por madeira, se tem borbulhas ou é um vinho tranquilo, se tinto ou branco, doce ou seco, tudo isso faz MUITA diferença quando degustado na taça certa.
Não são os sabores que mudam somos nós que percebemos o melhor de cada exemplar quando usamos as ferramentas apropriadas.
Por isso os vinhos brancos são servidos em taças menores que os tintos e mais fechadas também, para evitar que seus aromas e sabores, bem mais sutis do que das uvas tintas, se percam rapidamente e para conservar melhor a temperatura. (*Temperatura de serviço do vinho: Brancos 7 à 10 graus/ Tintos 15 à 18 graus)
Nossa língua percebe os diferentes sabores em pontos variados, o sal sentimos  na ponta, o doce no centro, o ácido nas laterais e o amargor no final.
Desta forma uma taça feita para vinhos doces tem o formato exato para que a bebida "caia" bem no centro da  língua, onde suas características serão percebidas com mais precisão.
Se você está iniciando no mundo do vinho agora, provavelmente não terá uma taça para cada tipo da bebida e como aqui a idéia é descomplicar, não é necessário sair comprando milhares de modelos, pode começar com o modelo ISO que serve para todos e assim com o passar do tempo e com a prática nas degustações passará a investir em boas marcas.
Vocês vão achar que é loucura, mas existem engenheiros trabalhando para criar as taças Riedel, marca austríaca muito conceituada que existe há mais de 250 anos e que  produz verdadeiras "Ferraris" para beber.
De qualquer forma o importante é beber vinho SEMPRE e viver novas experiências, portanto, com ou sem a taça certa, NUNCA perca a oportunidade de provar coisas novas e deixar as complicações de lado...

"PORQUE O VINHO NÃO PRECISA SER COMPLICADO"



Tim Tim

Larissa Moschetta

domingo, 27 de novembro de 2016

Por que a garrafa de vinho tem 750ml !!??

Você vai no supermercado, compra um suco e ele tem 1 litro, compra uma garrafa d'água, e ela tem 1litro...Mas então por que a garrafa de vinho normalmente é de 750ml!!??


Aposto que você já se pegou perguntando a razão, não!?
Existem muitas teorias a respeito deste tema, mas o mais aceito e difundido, é que o tamanho foi definido numa época em que os vinhos de Bordeaux na França, eram comercializados pelos ingleses na própria barrica, pois ainda não tinham desenvolvido a garrafa para este uso.
Eles também achavam, então para facilitar a venda e torná-la mais atrativa, os comerciantes buscaram uma garrafa, em que a quantidade fosse fácil de lembrar e também de usar...Claro!



E para complicar ainda mais, e dar um nó matemático na cabeça de todo mundo (Até hoje!), na Inglaterra, se usava o "Galão Imperial"que correspondia 4,54609 litros, enquanto na França, os vinhos de Bordeaux eram transportados em barris de 225 litros, ou cerca de 49,5 galões imperiais ingleses!

Complicado de entender, não!?

E daí fizeram a seguinte lógica:

225 litros= 300 garrafas de 750ml 

Nada de muito número "picado"como nós falamos, com os números 300 e 750, eles "fecharam a equação de venda", e facilitaram a nossa vida...Porque imagina só ir até o supermercado e pedir para o responsável:

- Por favor! Uma garrafa de vinho de 4,54609 litros!

Nem pensar!
A quantidade de 750ml se consolidou, e apesar de haver muitos tamanhos de garrafas, este é sem dúvida alguma, o mais popular de todos!
E como curiosidade adicional, vocês podem também encontrar em algumas garrafas, escrito 75cl, que significa 75 centilitros, ou a mesma coisa que 750ml!

Vinho é história, matemática, e ainda por cima...Uma delícia!





Saúde sempre!


Luciana Martinez


domingo, 20 de novembro de 2016

Vinhos para harmonizar com Ceviche? Não sabe o que é isso? Vai descobrir agora!!


Com a chegada do Verão e essas temperaturas absurdamente altas, nada mais natural do que nossa mudança alimentar, deixamos as sopas, as carnes pesada e cheias de molho de lado e procuramos opções mais leves e refrescantes.
Para isso não existe nada tão interessante, saudável e fácil de fazer do que um delicioso ceviche!!
Se você nunca comeu ou talvez até tenha comido, mas não sabia o que era isso, aqui vai a explicação.
O ceviche é um prato Peruano feito com peixe cru que deve ser marinado (ficar embebido) no suco de limão durante algumas horas, a acidez do limão vai "assar" o peixe, ele vai perder aquela textura e aspectos de cru e vai ficar mais rígido, como se tivesse passado por temperatura. Ele pode ser feito com diversos tipos de peixes, os mais comuns são os de coloração branca e mais rígidos, é um prato para se comer frio, ou melhor, gelado. Depois de marinado o peixe é misturado com pimenta rosa, pimentões e cebola picada, o toque final, aquele  que dá o sabor característico do prato é o coentro.
Existem milhares de receitas na internet, basta "jogar" o nome e voilá, você vai ficar por dentro!!
O que gostaria de dividir com vocês são algumas harmonizações com esse prato que me agradam bastante.
Para aqueles que não abrem mão do vinho tinto, sinto informar mas não terei nenhuma sugestão, infelizmente - para alguns e felizmente - para outros. mas aqui o que "desce redondo" mesmo é um delicioso, aromático e refrescante vinho branco.
Bom, pelo menos eu NUNCA encontrei um tinto que me agradasse neste "casamento" difícil, mas nada impede que você seja o primeiro...Risos!!
Gosto de lembrar sempre, que o vinho NÃO deve ser complicado e gosto é pessoal, como todos já sabem, desta forma não tem certo nem errado, apenas desejo orientá-los naquelas opções que me agradam mais e são as mais convencionais.
Como citei acima, os ingredientes do Ceviche são de sabores bem marcantes e para harmonizar, o vinho também tem que ter aromas e sabores que se destaquem.
Minhas combinações favoritas são:

1-) Sauvignon Blanc da Nova Zelândia,
2-) Riesling Alemão, Auslese de preferência para ter uma leve doçura (leia o post dos vinhos alemães e entenda o que é isso)
3-) Chenin Blanc do Loire - França ou da África do Sul

Quando cito os países desses vinhos é por terem características específicas, nem todo Sauvignon terá os mesmos aromas e sabores, como já foi falado anteriormente os vinhos são influenciados pelo clima, local de plantação, forma de vinificação, etc...
Porém se não encontrar ou se estiver fora do seu orçamento procure alternativas viáveis o IMPORTANTÍSSIMO é NUNCA deixar de tomar vinho.
Espero que gostem das sugestões e não se esqueçam de dividir conosco suas descobertas.




Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 13 de novembro de 2016

Vai tomar Beaujolais Nouveau!!!

Hahahaha...Me perdoe por começar o texto desta forma, mas achei que assim eu teria sua atenção, para despertar seu desejo de provar este vinho!! Funcionou!?
Este texto é livre de pretensões, é quase um bate papo entre amigos...Me considero sua amiga, já que estamos sempre nos falando através do vinho, né!?
Eu já escrevi várias vezes sobre o Beaujolais Nouveau, mas nunca me canso...Num dia de calor, neste verão que se aproxima, você quer tomar um vinho tinto!?

Vai tomar Beaujolais Nouveau!!

Nas terceiras quintas feiras do mês de Novembro, a região no Sul da Borgonha, localizada na França, faz o lançamento Mundial deste vinho chamado Beaujolais Nouveau!
O vinho é feito com a uva Gamay, num processo chamado maceração carbônica, que nada mais é do que colocar as uvas num tanque de aço, encher este tanque com gás carbônico saturando as uvas de gás, o que acaba por fazer uma fermentação dentro da própria uva. Esta uva vai ficando com sua pele bem fina, o suco da uva vai ganhando uma cor viva, bem brilhate (Mesmo!), e os aromas de frutas vermelhas surgem exuberantes e frescos!
Existe ainda alguns Beaujolais Nouveau que tem aroma de banana, que também não é raro de acontecer, apesar de que seus melhores exemplares, tem mesmo aroma de frutas vermelhas bem frescas, daquelas colhidas no pé, sabe!?



O Beaujolais Nouveau é um vinho bem simples, ele não passa por barrica, o tempo de fermentação é somente o suficiente para extrair a cor e o aroma que já comentei, e só...Vai para a garrafa na sequência!
Mas aí você pergunta:

- Tá! E daí!?

Daí que isso significa que você não deve guardar este vinho em casa, ele deve ser tomado, preferencialmente (Você quem manda...Sempre!) até seis meses do seu lançamento!
Portanto, se eu escrevi que o lançamento acontece sempre na terceira quinta do mês de novembro, você deveria provar este vinho até no máximo, maio do ano seguinte!
Mas você está aí pensando alto...

- Mas e se eu beber em Julho!?

Você pode, mas como eu disse ele é um vinho mais simples, fresco, leve, gostoso...Com o tempo, aquele aroma de fruta tirada do pé vai sumindo, e se me permite dizer, seu Beaujolais Nouveau já não é mais o mesmo!!

Ficou curioso para provar!?
Então você pode aproveitar alguma pré venda disponível no site de algumas importadoras, ou esperar o dia 17/Nov/16 (Terceira quinta do mês de novembro), e comprar sua garrafa numa loja especializada!


Eu não perderia esta por nada...Vou correndo lá, garantir a minha!





 Saúde Sempre!


Luciana Martinez

domingo, 6 de novembro de 2016

Vinhos Alemães, por onde eu começo?


Não é segredo pra ninguém o quanto eu AMO vinho, de todos os tipos, regiões, estilos, estou constantemente provando coisas novas, mas é claro que tenho algumas preferências.
Gosto muitíssimo de vinhos brancos e neste quesito é indiscutível a qualidade e tipicidade dos exemplares alemães, não dá para falar de vinho branco e não provar os germânicos.
Atualmente temos algumas importadoras e revendedoras de vinho, que trazem bons e acessíveis amostras desse maravilhoso país. Digo acessíveis pois muitos são tão bons quanto os conhecidos franceses, e na maioria das vezes custam de 30 à 40% menos, sem mencionar as uvas inesquecíveis tais como a Riesling e a Gewürztraminer.
E vocês devem estar se perguntando: "Por que são mais baratos se são tão bons quanto?" ou "Por que é mais difícil de encontrá-los?"
Bom, eu tenho uma teoria, ou melhor duas teorias; primeiro que o vinho da garrafa azul, vocês se lembram do Liebfraumilch?, exaustivamente vendido nos anos 80/90, branco e doce de fazer virar os olhos, deu uma "detonada" na reputação dos alemães por aqui e como diz o ditado: "Quem fez fama deita na cama..." O consumidor "pegou" trauma desses vinhos, e o segundo motivo é o simples fato da maioria das pessoas não saberem ler o rótulo, desta forma nem sabem o que estão comprando, não conseguem nem falar o nome do vinho para o atendente, que por sua vez também não saberá decifrar o que o cliente está pedindo, resumindo, o problema está na língua!
Mas para ajudá-los a provar essas maravilhas e entender um "pouquinho" dessa "disciplina" alemã,  vou passar para vocês algumas dicas básicas para auxiliá-los na hora da compra.
Bom vamos lá!! Primeiramente as palavras em alemão são muito específicas, o que é muito bom pra gente, eles "querem dizer" exatamente o que escrevem ou falam, por outro lado elas podem ser unidas em uma única palavra, o que resulta naquelas construções sem fim, tipo: RHEINGAUWEISSWEIN, tudo isso para dizer que é um vinho branco da região de Rheingau e aí o "bicho pega".

Dicionário para entender (será?) os Deutschers (Alemães):

Weiss - Branco
Rot - Tinto
Traube - Uva
Trocken - Seco
Süss - Doce
Wein - Vinho
Gut - Propriedade

Para formar as palavras específicas, eles ADORAM ser específicos, vão juntando as palavras, para não deixar margens para dúvidas...Risos!!

Fica assim:

WEINGUT - Vinícola
ROTWEIN - Vinho tinto
WEISSWEIN - Vinho branco
TROCKENWEIN - Vinho seco
SÜSSWEIN - Vinho doce
LIEBFRAUMILCH - LIEB é amada, FRAU é senhora e MILCH é leite, assim sendo o "famoso" vinho da garrafa azul quer dizer "Leite da mulher amada" - melhor nem pensar nesse significado...Risos!!

Lendo o rótulo acima:

Schloss Vollrads - é a vinícola
Riesling - é a variedade da uva (Traube)
Kabinett Trocken - estilo seco
2014 - é o ano
Gutsabfüllung - Engarrafado na propriedade
Enthält Sulfite - Contém SO2 (sulfito)
Deutscher Prädikatswein - vinho alemão com predicado

P.S: Prädkastwein e Qualitätswein são denominações que normalmente apareceram nas garrafas e se referem ao percentual de açúcar no mosto do vinho. Algo muito específico e assunto para um novo post, quando o tema é vinho alemão, é bom não exagerar senão a cabeça explode... Risos!!

Agora que todos vocês já dominam a língua alemã vamos às compras, provar muita coisa boa e não se esqueçam de dividir comigo seus achados.



Tim Tim!!!

Larissa Moschetta



domingo, 30 de outubro de 2016

O vinho e sua arte de compartilhar histórias - O desafio de harmonizar!



Você sabe de nossa paixão pelo vinho...Acho que isso já é evidente, né!?
O vinho tem o dom de unir as pessoas, e isso é maravilhoso!
Fomos convidadas para um jantar super especial, e eu e a Larissa recebemos uma missão:

Cada um deveria trazer uma garrafa de vinho para este jantar, que harmonizasse com arroz de pato!

Já sabe...Missão dada, é missão cumprida!
Cada uma escolheu um vinho de sua adega, estes vinhos foram colocados num decanter pela anfitriã, e degustamos durante o jantar, sem sabermos qual era qual (degustação às cegas!), apesar de que para mim e para a Larissa, que conhecíamos os vinhos, e as características de cada um também, ajudava muito, então já era possível saber!
O objetivo era entre os convidados, escolher o vinho que mais harmonizava com o prato...Brincadeira deliciosa, e que ainda renderia um presente para a ganhadora!
Então foi assim:

- Prato: Arroz de Pato
- Vinhos: The Great Marco levado pela Larissa e Clos de L'Oratoire de Papes levado por mim

Ambos tinham características completamente diferentes...O "The Great Marco" era um vinho com a uva Pinot Noir, em que as caraterísticas desta uva, era bastante presente, como aquele aroma de mato molhado de bosque, cereja preta e couro. Já o Clos de L'Oratoire, que é um vinho do Rhône na França, e que é um corte com várias uvas (se não sabe o que é corte, assista ao vídeo aqui!), e que precisava respirar por muito tempo, pois tinha uma complexidade aromática maravilhosa...Frutas negras em compota, tostado, herbáceo e pimenta.
O vinho The Great Marco com o arroz de pato, parecia até um molho, combinava perfeitamente!
O vinho Clos de L'Oratoire trazia na boca uma picância, que pedia um novo gole de vinho, e mais garfadas do prato!

Conclusão: Deu empate!! RISOS

E a anfitriã deu seu "voto de minerva", ficamos sabendo qual vinho estava em cada decanter, e o The Great Marco foi o eleito da noite!
Para completar, sem combinar, mas em sintonia muito fina, a Larissa levou um vinho alemão de sobremesa, que harmonizou maravilhosamente bem com queijo roquefort, e eu levei um passito de panteleria, que é um vinho italiano da Sicília, e que falarei sobre ele, em detalhes, num outro "post", e que ficou bom, com a torta de coco da anfitriã, mas não é o vinho ideal para o prato...Levei porque queria provar este vinho, compartilhar a experiência, mesmo sem saber se harmonizaria!

Todos os vinhos eram especiais, tinham boas histórias, e mereciam ser compartilhados neste maravilhoso jantar, com pessoas tão queridas...Porque o vinho, se não bastasse só o vinho, ainda tem mais uma vantagem: Ele é muito melhor, quando compartilhado!




Saúde sempre!

Luciana Martinez



domingo, 23 de outubro de 2016

Vinhos mais alcóolicos são melhores?


(Sugestão de Naísa Paula Berton Martines)

Dia destes, uma pessoa me perguntou se um vinho mais alcóolico, é melhor que um com menor teor de álcool.
Bom, para responder esta pergunta, vamos à explicação desde o princípio...Afinal como a uva vira vinho?
De maneira simplificada, o processo é o seguinte: As uvas são colhidas, selecionadas (no caso de vinhos de melhor qualidade), e colocadas para fermentar em grandes recipientes, Depois são colocadas leveduras selecionadas, que iniciarão a fermentação.
A fermentação consiste na transformação do açúcar presente na fruta, em álcool. Note bem que o açúcar é da uva, e não acrescentado ao mosto (Nome dado ao vinho, antes que fermente), e D esse processo vai resultar, álcool, calor e CO2 (gás).
Assim sendo, o teor alcoólico final, vai depender da doçura da uva.
Então pensem comigo: O que faz com que uma fruta fique mais doce que outra?
O amadurecimento se dá de forma natural e locais mais quentes, tais como o Chile, Argentina, Africa do Sul, Austrália e Nova Zelândia, os países do chamado de "Novo Mundo", produzem uvas mais doces por causa do calor da região onde estão, e consequentemente, seus vinhos são normalmente mais alcóolicos. Vocês notarão esse fato facilmente, ao analisarem uma garrafa de vinho da Alemanha, por exemplo, que normalmente terá um teor alcóolico entre 11 a 13%, e um da África do Sul que será de 12 a14,5%. Já provei um vinho Uruguaio que tinha 15%!
Ao degustarmos um vinho com teor alcóolico alto, temos a falsa sensação de doçura, digo falsa, pois na verdade o que sentimos é excesso de álcool, que aquece a nossa boca, e passa essa impressão.
Para algumas pessoas, é um paladar agradável, pois sabores e percepções são muito pessoais, eu por exemplo, quando encontro um vinho com 12%, fico imensamente feliz, pois atualmente, com o aquecimento global, esse fato é quase uma raridade!
Vinhos mais alcóolicos são mais difíceis de harmonizar, e com pratos mais picantes, aumentam a sensação de ardência....Volto a dizer, o que para alguns é um prazer, graças aos diversos paladares, não?
O que torna um vinho bom, deixando de lado o gosto pessoal, pois esse deve sempre ser colocado em primeiro lugar, é o equilíbrio que ele possui, e esse equilíbrio está em três pontos: Taninos, Acidez e Álcool. Vinhos produzidos para guarda, aqueles ditos "para envelhecer", são produtos onde esses três fatores estarão presentes de maneira equilibrada.
Portanto dizer que um vinho com mais álcool é melhor do que um com menos, não tem fundamento nenhum, o que pode acontecer, é agradar mais ao seu paladar, mas é só isso!!
Quando o assunto é o vinho, o que importa mesmo é beber sempre, com atenção né, gente! Lembrem-se de nosso "post" da semana passada, sobre os benefícios e/ou malefícios do álcool se consumidos em doses erradas (leia aqui).
Procure experimenter coisas novas para ir "catalogando" suas preferências.
Fica aqui uma dica: Desenvolva o costume de anotar as suas impressões sobre cada nova garrafa que for provar, esse ato vai ajudar a memorizar melhor aromas, cores e sabores.


Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 16 de outubro de 2016

O Desafio de Paris - Depois deste dia, o vinho não foi mais o mesmo!

O dia 24/Maio/1976 ficará para sempre na história do Mundo do Vinho...Acredite!
Não, você não precisa guardar esta data, mas talvez seja interessante para você que ama o vinho como nós do VINRISOS, saber o que aconteceu nesta data!

O inglês Steven Spurrier, comerciante e também proprietário de uma escola de vinhos em Paris, percebeu que o vinhos americanos da época, estavam com excelente qualidade, e que havia uma boa oportunidade de confrontá-los com os vinhos franceses...Homem ousado!
Aproveitando as festividades do Bicentenário Americano em Paris, decidiu propor a renomados jurados de vinhos franceses da época, uma degustação às cegas em Paris, onde seriam confrontados vinhos com a uva tinta Cabernet Sauvignon da Califórnia, de Bordeaux na França, e também com a uva branca Chardonnay da Califórnia e da Borgonha na França.
Claro! Os franceses aceitaram, já que seria a "batalha" mais fácil de ser ganha no mundo!
E assim, na data escolhida, os mais renomados degustadores de vinho da França, se reuniram para esta degustação às cegas, em que alguns dos muitos vinhos servidos foram o Château Mouton-Rothschild (Tinto de Bordeaux), Stag's Leap (Tinto da Califórnia), Puligny-Montrachet Les Pucelles (Branco da Borgonha) e Chateau Montelena (Branco da Califórnia).
Para a cobertura do evento, apenas a revista TIME, representado pelo Sr. George M. Taber, foi a única a aceitar cobrir o evento, os demais jornais e revistas convidados, se recusaram a participar!
Bem, dada a largada para a degustação, foi iniciado pelos brancos com a uva Chardonnay, e os votos foram divulgados e adivinha!?

O vinho californiano Chateau Montelena 1973 foi escolhido!

Mas foi um alvoroço no hotel onde foi realizado o evento!
Imagina só os franceses, certos da vitória, acabaram eles mesmos votando contra!!??
Mas ainda não tinha acabado...Era a vez do tinto com a uva tinta Cabernet Sauvignon!
Da mesma forma, às cegas, foram servidos os vinhos tintos, e agora não tão seguros, a degustação foi feita, os pontos anotados e divulgados:
Adivinha!?

O vinho californiano Stag's Leap Wine Cellard 1973 foi escolhido!

O mundo do vinho nunca mais foi o mesmo depois deste Desafio de Paris de 1976!
A revista TIME deu a capa de sua revista para este Desafio...Deram um "furo de reportagem"!
Todos foram obrigados a ver os países que chamamos de Novo Mundo, como grandes competidores, e hoje é real o sucesso dos vinhos produzidos na Califórnia e em tantas outras regiões do mundo!
Tá vendo!?
Um pouco de história não faz mal para ninguém, e você ainda pode contar esta história para seus amigos, entre um gole de vinho e outro, não!?





OBS: Se tiver curiosidade sobre este fato da história do vinho, não deixe de assistir o filme ou ler o livro chamado "O Julgamento de Paris", pois conta em detalhes este fato tão interessante...Vale a pena!



Saúde Sempre!

Luciana Martinez




domingo, 9 de outubro de 2016

Por que amo tanto vinho? (Será que precisa de razão?)


Há um tempo atrás a Lu me perguntou "quando" eu senti que o vinho e eu teríamos uma relação eterna, e na época eu fiquei pensando, e não soube dar uma resposta direta à ela. Comecei a estudar e pesquisar sobre o assunto há 13 anos, estava completando 30, tinha meus 2 filhos com 5 e 3 anos, e passava a ter um pouco mais de flexibilidade, podia deixá-los por períodos curtos, sem muito stress e remorso... Risos!!
Mergulhei de cabeça no assunto, e nos apaixonamos! No começo, era aquela coisa maluca de "início de namoro", não podia ficar sem ele, e aceitava qualquer coisa, mas com o passar dos anos, mais madura e experiente, agora escolho melhor, e já posso afirmar, com alguma segurança, minhas preferências!!!
ATENÇÃO!! Não sou fechada para novidades, isso NUNCA, pois acredito que temos que experimentar sempre, mas faço minhas escolhas baseadas na minha história e é claro, na quilometragem de taças...
Hoje, ao conversar com minha avó, Dona Maria Bertão, uma das pessoas MAIS IMPORTANTES na minha vida, descobri a resposta, me encantei com o vinho e sua magia, quando comecei a falar e compreender tudo que ela me contava sobre sua infância, sobre seus 9 irmãos, e seu pai que engarrafava vinho em casa. Eles compravam grandes barris que vinham do sul, e ao chegar em Rio Preto, era uma grande festa em família, para colocar em garrafas de 750 ml.
Enquanto alguns iam colocando a medida EXATA nas garrafas, pois meu bisavô não aceitava erros, os outros filhos faziam uma mistura de breu com parafina, que serviria como lacre, após a colocação das rolhas.
Durante minha infância eu tomava "suco de vinho" ( água, vinho tinto e açúcar), que segundo minha avó: "Não tem problema nenhum as crianças tomarem um pouquinho de vinho, faz até bem..."
Assim sendo tomo vinho há muito mais tempo do que pensava, não dá para não amar, dá?
Hoje, quando percebo o privilégio de ter minha avó ainda viva, e dividindo comigo esses momentos...Me sinto imensamente grata e feliz!
Todas as vezes que bebo com ela, observo seus olhinhos brilharem e ela me dizer: "Ai Lara como eu AMO vinho!!" Eu me vejo daqui a 50 anos!! Bom, assim espero...
E para você que está iniciando um relacionamento com essa bebida dos deuses, espero que seja longo e prazeroso, com certeza será!  E que nós, do VINRISOS, possamos dividir com você nossas impressões e experiências sobre o assunto!



Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 2 de outubro de 2016

A Região de Hermitage e a Uva Shiraz!


O vinho conta histórias...Um vinho com uma história é mais saboroso, mais prazeroso e delicioso!
Então nada melhor do que contar uma história para você, e na próxima vez que provar um vinho desta região, terá um novo gosto, e você até poderá contar esta história para as pessoas que estarão com você, e essa é a grande magia do vinho:

CONTAR HISTÓRIAS E COMPARTILHAR O VINHO!

Na França há uma minúscula região chamada Hermitage, que é uma sub-região do Rhône. Nesta região, onde a área total não passa de uma colina, se produz um dos mais renomados vinhos do mundo com a uva Shiraz, e que carrega no rótulo o nome Hermitage!
Conta a lenda que havia um cavaleiro que lutou nas cruzadas, e se tornou um herói. No retorno para a França, como estava muito ferido, a Rainha da França lhe ofereceu um lugar nas colinas de uma montanha ao sul do país, para que pudesse se recuperar tranquilamente.
Este cavaleiro passou sua vida nestas colinas, sem nunca sair de lá, então os moradores da região sabiam que o herói da cruzada estava vivendo lá, mas nunca era visto, então começaram a chamá-lo de Eremita**, e assim nasceu a região de Hermitage!

Os vinhos de Hermitage são produzidos com a uva Shiraz, mas ainda produzem vinhos com as uvas brancas chamadas Marsanne e Roussane, e seus vinhos tintos, são um dos mais prestigiados do norte do Rhône, produzindo vinhos potentes, que precisam de muitos anos na garrafa para domar os taninos, e deixá-los agradáveis ao paladar.
Se tiver a chance de provar algum dia, será uma agradável degustação, e não deixe de contar para todos, que um jovem cavaleiro é quem deu nome a essa fantástica região, cheia de lendas e de bons vinhos!


** Aurélio:
Eremita é o indivíduo que evita a convivência social e vive sozinho; ermitão, solitário.




Saúde sempre
Luciana Martinez

domingo, 25 de setembro de 2016

Afinal o que são uvas autóctones?


Como já falamos em alguns posts anteriores, o mundo do vinho tem um vocabulário próprio e aos poucos vamos desvendá-lo por aqui.
Você que já se apaixonou ou está se apaixonando por esse universo maravilhoso e infinito, já deve ter ouvido alguém dizer: "Essa é uma uva autóctone de Portugal!!" ou "Vinho produzido com variedade autóctone da África do Sul." Afinal o que é isso?
Quando uma uva é nativa de uma região, de um país, dizemos que ela é autóctone, ou seja, foi descoberta em determinado local onde mostra se "melhor lado".
Alguns exemplos dessas variedades são a Pinotage (África do Sul), Touriga Nacional e Baga (Portugal), Falanghina - Branca e Aglianico - tinta (Itália), Carignan (França), e por aí afora, são muitas, impossível listar todas aqui, só na Itália, que lidera o grupo, são mais de 300!!!
Mas vocês devem estar se perguntado; "O que tem isso de bom?", " Por que essa informação é interessante ?"
Primeiramente porque é vinho que não acaba mais para provar, ainda bem... Risos !!!
E além disso faz com que possamos sair do "lugar comum" que é sempre provar Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Chardonnay, etc...
Com as infinitas opções que chegam até nós atualmente, temos estilos e sabores muito variados e foi-se o tempo onde o vinho era "padronizado", há alguns anos atrás era "moda" vinhos com o mesmo estilo; "É como o consumidor gosta, muita madeira!! ", diziam os "consultores" do mercado e com isso muitos produtores se renderam a essa produção massificada.
Bom, dá para entender né, assim como em qualquer área de trabalho, o vinho é um negócio e DEVE ser lucrativo, mas como tudo que é demais não funciona, nos vemos voltando às raízes e muita coisa boa está sendo produzida sem tanta interferência externa.
Respeitando o local da produção, o estilo do vinicultor e sem sombra de dúvida às características da  cepa que PRECISAM ser valorizadas, por exemplo, nunca será feito um vinho branco da uva Melon de Bourgogne (Vale do Loire - França) que tem características leves, delicadas, parecido com um Chardonnay que pode passar por madeira e traz aromas muito mais marcantes.
Assim como as pessoas são diferentes, o que é belo e bom para um pode parecer estranho para outro e não existe certo nem errado, é tudo uma questão de estilo.
Então fica aqui a dica!! Aventurem-se por novos caminhos, provem coisas diferentes, comparem e avaliem, mesmo os mais tradicionalistas vão acabar agradecendo as boas surpresas que irão aparecer.
Não se esqueçam de dividir conosco suas descobertas !!!



Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 18 de setembro de 2016

Por que os vinhos na Europa, não possuem o nome da uva no rótulo, heim!?

Estava vendo uma reportagem na TV, a qual falava o nome das regiões francesas produtoras de vinho, sem dar muita ênfase para a uva, e logo me veio a ideia de escrever exatamente sobre isso...A razão dos vinhos franceses não terem em sua maioria, o nome da uva estampado na garrafa!
Imagine que a plantação de uva na França e em outras regiões européias é secular, onde naturalmente e com a ajuda do homem, as uvas foram se adaptando, e tornando-se parte natural da região!
E cada região européia tem também seus pratos típicos, com vários outros produtos comercializados naquela região...E como você sabe, na maior parte da França, Itália e em outros países da Europa, são produzidos vinhos, portanto, a pergunta que rendeu o tema para este "post", tem uma resposta que não é definitiva, mas se me deixar dar um palpite:

A razão é porque as pessoas na França e em outros países da Europa, costumam consumir os vinhos com maior frequência na região onde vivem, consumindo tanto os alimentos, como os vinhos lá produzidos!!





E então imaginando que estou falando de muitos, muitos anos atrás, não havia necessidade, e nem havia o hábito de se colocar a uva no rótulo, porque o vinho seria consumido ali mesmo...Onde era produzido, e o mesmo era perfeito para a culinária local, e isso era tudo que se precisava saber!!
Mas o mundo mudou, hoje o chamado novo mundo do vinho, que compreende os EUA, Austrália, Chile, Argentina, Brasil e etc, plantam uma variedade tão grande de uvas, que acabaram por optar em informar a uva na maioria dos rótulos...Para facilitar a vida!!
E você deve estar aí se perguntando:

- Tá bom! Mas agora o vinho vai para toda parte, por que não colocam!?

Bem...Porque depois de séculos fazendo igual, aí já virou tradição mesmo!!



Saúde sempre!

Luciana Martinez

domingo, 11 de setembro de 2016

Técnicas de degustação, treinando seus sentidos!!


Vamos lá pessoal, hoje vou ajudar vocês a descreverem um vinho que degustarem.
Pode parecer bobagem e vocês devem estar se perguntando: "Para que preciso descrever o que bebi?"
Bom a resposta é simples, para incentivar os seus sentidos e criar um repertório pessoal, é como se você  catalogasse suas preferências e/ou aqueles aromas, sabores e estilos que não te agradam.
O primeiro exercício que fiz quando comecei, há mais de 10 anos, me aventurar pelo universo do vinho, foi cheirar vários recipientes com produtos diferentes, tipo cravo, canela, grãos de café, etc...e o mais interessante, era tudo às cegas, não sabíamos o que estava nos potinhos.
Nesse momento é que você percebe como subvalorizados nosso olfato, perdemos o hábito de "cheirar" o que comemos, aliás somos mal vistos se "colocarmos" o nariz na comida, o que se pensarmos vai na direção inversa dos nossos instintos. Você já viu algum cachorro comendo algo antes de cheirar?
Quando você sente um cheiro sem saber o que é, na maioria das vezes não consegue reconhecê-lo, somente com o tempo, e bastante treino para que possa dar "nome aos bois"...Risos!!
Por isso é importante beber vinhos sempre!! Boa essa desculpa, não?
Mas, mais importante do que bebê-los é anotar, de maneira organizada, aquilo que provar.
Em vários posts anteriores falamos sobre isso e agora passarei um roteiro rápido para vocês.

De forma simplificada sigam esses 4 passos:

1-) Aspecto Visual - Anote a cor (branco, tinto ou rosê)

2-) Aspecto Olfativo - Anote quais aromas sente ao cheirar o vinho (frutas, flores, madeira, especiarias?)

3-) Aspecto degustativo - Ao beber ele é seco ou doce? Tem bolhas ou é tranquilo (Definição dada para vinhos que não possuem bolhas)? Quais novos aromas aparecem?, Se o vinho for tinto como percebeu os taninos (veja nosso vídeo que explica sobre o assunto)?, A acidez era boa? (ver vídeo)

4-) Impressões -  No final anote suas impressões gerais, esse vinho lhe agradou ? Compraria novamente?

Anote sempre e compare como suas impressões sobre o mesmo vinho degustado em momentos, anos diferentes, pode mudar. Com o tempo e a prática, ou seja MUITOS goles, suas opniões evoluem!!
Agora vamos ao treino...




Tim Tim!!!

Larissa Moschetta


domingo, 4 de setembro de 2016

Vou plantar uva lá no quintal de casa!!


De forma artesanal, a gente pode fazer uma série de bebidas em casa, e vinho também não foge a esta regra!
Sim, dá para plantar no quintal de casa uvas viníferas, mas e como será este vinho!?
Bem, se por acaso você é um felizardo que tem como vista da sua janela, lindas parreiras por já viver numa zona vinícola, você é realmente um sortudo, mas para a maioria, plantar uva em casa vai ser uma missão e tanto!
A gente acredita que vinho é fácil de fazer: Colhe a uva, fermenta e engarrafa!
Sim, mas então por que não temos mais plantação de uva e mais vinhos nacionais?
Porque a uva, como toda outra fruta na natureza, precisa de certos solos e climas, para render uma uva de melhor qualidade!
Cada tipo de solo, mesmo com a mesma uva, e até mesmo na mesma região, produzirá vinhos completamente diferentes!
Tive a chance algum tempo atrás de provar vinhos com a uva Chardonnay, em que os vinhedos eram plantados um ao lado do outro, mas o terreno era completamente diferente, e mesmo com uvas colhidas na mesma data, vinificadas da mesma forma, os vinhos eram completamente diferentes...Completamente!
Moramos num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza, mas isso não faz boas uvas viníferas em toda parte, não pelo menos, sem muito trabalho no campo, e na vinícola!
As uvas viníferas, me perdoem, precisam sofrer...Me explico! RISOS
Os estudos dizem que o solo tem que ser profundo e com boa drenagem, ou seja, um solo pouco fértil, para que as raízes das parreiras se aprofundem na terra, em busca de água e nutrientes!
E o clima também importa muito!
Se por exemplo, chover na época da colheita, as uvas se encherão de água, e isso fará com que o vinho fique diluído (aguado)!
E se não houver frio a noite e calor durante o dia, a uva não terá boa acidez, e a concentração de taninos, no caso dos tintos, também fica comprometida!
Mas...Caramba! Então não dá para fazer vinho em casa!?
Sim, você pode fazer, mas para garantir boa qualidade, apesar de todo prazer que isso pode lhe dar, talvez seja mais barato ir até uma loja, e comprar uma garrafa...E você ainda poderá provar centenas de vinhos com diferentes uvas, e isso, será um prazer gigantesco: Acredite!




Saúde sempre!

Luciana

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Degustação Spielmann Estates !!


Hoje o VINRISOS participou de um evento mais do que especial, uma degustação  da SPIELMANN ESTATES, onde foram apresentados 6 vinhos.
Não posso deixar de comentar que acompanho o trabalho meticuloso e árduo de Rodolfo Spielmann (proprietário da vinícola) e Pepe Galante (enólogo responsável) de longa data. Participei da primeira degustação do Canal Flores 2011 há alguns anos atrás e a Lu e eu estivemos na Argentina durante a colheita, há 2 anos, experiência inesquecível !!
Os vinhos são incríveis, muito bem feitos, percebe-se claramente o trabalho delicado e LONGO para se produzir vinhos de qualidade.
Para começar as vinhas são antigas, mais de 100 anos, a "garota dos olhos" é a Malbec, mas a Cabernet Sauvignon, a Shiraz e a Petit Verdot são acrescentadas ao corte, em proporções que variam, conforme a necessidade de cada ano.

Os vinhos degustados foram:

Todos trazem a Malbec na maior proporção


Canal Flores 2011- Límpido de coloração rubi profundo. No nariz tem intensidade media mais, frutas vermelhas e negras frescas, um leve toque herbáceo. Na boca aparece um pouco mais de  fruta negra, acidez alta, final de boca longo, taninos muito bem integrados, sobra um pouquinho de álcool que não acredito ser um problema quando combinado com comida.

Canal Flores 2011 Barrel Fermented – Foram feitas 5 barricas deste vinho, 1500 garrafas. Fermentado em barricas de carvalho francês, novas. Límpido, rubi profundo, intensidade alta. No nariz além da fruta negra aparece baunilha, toffee, Tabaco, todos sinais da madeira. Porém o mais interessante é que mesmo com toda essa madeira ele mantém a fruta muito fresca. Delicioso!!

Canal Flores 2012 – Nariz com uma intensidade menor quando comparado aos outros. Na boca traz frutas negras, um toque de violeta, acidez media mais e final de boca longo. Taninos finos muito bem integrados com o álcool.

Canal Flores 2013 – Esse foi um ano difícil, segundo Rodolfo, mas as uvas surpreenderam e a qualidade do vinho é incrível. Rubi profundo, aromas bem herbáceos, mais que os outros, muita fruta negra. Na boca apresenta uma acidez excelente e muito frescor.

1910 Ano 2012 – Nariz intenso, ameixa madura, geléia de frutas negras. Na boca é macio, taninos muito finos e integrados .

1910 Ano 2013 – Nariz intenso, herbáceo, toffee, açucar queimado, bolo de frutas negras. Taninos abundantes e acidez alta, final de boca longo.

O VINRISOS deseja toda sorte do mundo para dupla Rodolfo e Pepe, que possam continuar nos presenteando com essas maravilhas de Baco!
Mais uma vez agradecemos o convite!
Não deixem de procurar por esses vinhos e caso queiram ver a entrevista exclusiva que fizemos com o Rodolfo e Pepe, esta disponível no Facebook e Instagram do VINRISOS,  e neste vídeo eles explicam um pouco sobre o Canal Flores.




Tim Tim!!

Larissa Moschetta


domingo, 28 de agosto de 2016

Afinal, por que alguns vinhos costumam ser tão caros?


Dizer que o vinho é caro, não é uma afirmativa totalmente verdadeira, mas tenho que aceitar que durante muito tempo, essa bebida ficou relacionada a lugares, momentos e pessoas sofisticadas, com muito dinheiro para gastar.
Assim como quando se fala de cachaça, logo pensa-se em algo barato, outro engano. Para quem conhece e aprecia, existem cachaças tão caras quanto alguns bons vinhos.
Então o que faz um vinho ser especial e alcançar, muitas vezes, preços astronômicos?
Alguns vão responder que é tudo uma questão de marketing, da lei da oferta e da procura, do nome por trás do produto, etc... Sim, esses pontos existem e em alguns casos são eles que "regulam" o preço daquela garrafa "especial".
Como uma APAIXONADA, sem chance nenhuma de cura - graças a Deus, por vinhos, gostaria de mostrar o outro lado da moeda, a visão e o trabalho do homem por trás da garrafa e de seu amor incondicional pela sua terra, suas uvas e consequentemente, os seus vinhos.
Fazer vinho, muitos podem fazer, basta ter um pedaço de terra, plantar as uvas, ter dinheiro para comprar o maquinário necessário, contratar um enólogo, se tiver um bom capital pode até "padronizar" as garrafas, fazer tudo igual, seguir o "gosto" da moda e pronto, vai vender muitoooo!!! Será?
O difícil mesmo é produzir um bom vinho, aquele que tem  mais do que o simples líquido dentro da garrafa, que possui uma "alma", com características próprias, que tem seu tempo de maturidade, que "cresce" respeitando a sua natureza íntima.
Um bom vinho tem um longo caminho a percorrer até chegar ao seu apogeu: nasce, passa pela infância, adolescência até chegar na maturidade, aquele momento onde mostrará suas "cores verdadeiras". É nessa hora que o vinho revelará seus melhores e maiores segredos, mas para que isso aconteça é preciso que o ser humano que o criou tenha os cuidados necessários para esse longo e belo desenvolver. Como acontece com os pais que precisam ter paciência com os filhos para vê-los florescer.
Para entender melhor o que estou dizendo assista a dois filmes incríveis que lhe farão refletir sobre todo cuidado e amor que existe por trás de uma BOA garrafa de vinho, como elas expressam a vida de seus criadores, seus costumes e o real significado da palavra terroir!!


"A Year in Burgundy" (Um ano na Borgonha)
"A Year in Champagne" (Um ano na Champagne)

Para quem tem Netflix é muito fácil, estão lá!!!
Assistam e se apaixonem, garanto que NUNCA mais olharão para uma garrafa de vinho da mesma forma. Depois me contem como foi a experiência.

Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 21 de agosto de 2016

Os benefícios do vinho para a saúde!

Sugestão do tema: Aline Pacheco Lopes


Que vinho faz bem, todo mundo sabe!
Se fala que o resveratrol, antioxidante natural presente no vinho tinto, faz bem!
O coração agradece se tomarmos de forma moderada, e tantas outras virtudes para o abençoado vinho, que eu ousaria dizer:

"Como se precisasse de ter ainda por cima, benefícios para a saúde!" RISOS

Desde os primórdios já se sabia que o vinho fazia bem, ou você acha que se bebia vinho em vez de água, por quê!?
Porque água podia matar, por causa de bactérias e etc, já o vinho não, por causa do álcool!
O instituto americano chamado "The National Cancer Institute" indica que mulheres devem beber uma taça por dia, e os homens até duas...O instituto "mandou", cabe a nós obedecer! RISOS
Existem estudos realizados também pelo Instituto de Cardiologia Europeu, que indica que uma taça diária de vinho, diminui risco de infecção por bactérias que causam gastrite, úlceras, infecções e alguns tipos de câncer!
Já tá bom!?
Mas tem mais!
O vinho é a única bebida que não ataca o sistema imunológico, fortalece os ossos, veias e artérias, principalmente após os 40 anos, e a Universidade de Boston ainda diz que o vinho pode ajudar a se acalmar, a ter mais mobilidade durante a vida e acredite, os estudos são infinitos, e acumulam muitas razões para se beber vinho!
Quem gosta de vinho, quer tomar, e não importa a condição...Até as grávidas querem degustar, e para elas, é essencial questionar o médico, pois existem alguns que liberam um gole com alguma frequência pré determinada, e outros...Nem um gole, para desespero da futura mamãe, mas tudo bem, aceita-se, pois se sabe que a causa é nobre! RISOS
Os benefícios do vinho tinto são maiores, mas nada impede de tomarmos os brancos, rosés e espumantes...Afinal, vinho se degustado de forma moderada, só faz bem, se não é para o coração, é para a alma...E que alma não precisa de algo que faça bem, heim!?




ATENÇÃO: As informações contidas neste "post" são transcrições de estudos realizados, mas o VINRISOS não apóia ou recomenda o consumo de álcool, em casos de doença já existente ou gravidez, para estes casos, pedimos que consulte seu médico, e se informe sobre a ingestão de vinho!




Saúde sempre!
Luciana Martinez

domingo, 14 de agosto de 2016

Porto da Itália, Barolo da Sicília, Champagne da Argentina...Pode isso, Arnaldo!?

Li um comentário a pouco tempo de um famoso sommelier, o qual admiro muitíssimo, em que ele falava de um e-mail recebido, onde a pessoa oferecia vinhos Barolo, produzidos na Sicília!

Bem...

Fiquei pensando que isso daria um excelente tema para um "post"!
Você que curte o vinho de forma apenas prazerosa, não tem que saber sobre este assunto com profundidade, mas...Um sommelier tem que saber o que fala e escreve!
Então vou aqui ajudar você, a entender alguns nomes de vinhos, que assim são chamados, por estarem dentro da região que dá o nome, ou por qualquer outra característica que permita utilizar tal nome!
Então cola os olhos neste texto, e vem comigo:

Barolo:
Eu escrevi a pouco tempo sobre o Barolo (leia aqui!), mas para simplicar, o vinho chamado Barolo é produzido exclusivamente com a uva Nebbiolo, e somente na região do Piemonte, no noroeste da Itália!
Portanto...Não compre um Barolo produzido da Sicília, porque não existe!

Barbaresco:
Também escrevi sobre este maravilhoso vinho no mesmo texto que citado acima, mas de forma geral, o Barbaresco é produzido também com a uva Nebbiolo.
Os vinhos tem um estágio menor de passagem por barrica, e são mais fáceis de beber do que os potentes Barolos, mas atenção, tanto os Barbarescos, quanto os Barolos são vinho com muito, mas muito tanino (veja aqui!), portanto, são vinhos bastante potentes!
E adivinha!?
Só podem se chamar Barbarescos, os vinhos produzidos na região denominada Barbaresco!

Champagne:
São espumantes produzidos na região da Champagne que fica no norte da França, pelo método tradicional (veja nosso vídeo aqui!), e que portanto só podem ter o nome de champagne, se for produzido nesta região específica.
Se for produzido ainda dentro da França, mas não na Champagne, não pode chamar champagne!
E caso queira saber, as uvas permitidas na produção de champagne são: Chardonnay (uva branca) Pinot Noir (uva tinta) e Pinot Meunier (uva tinta).

Prosecco:
Produzido no nordeste da Itália, na região chamada Veneto, apenas duas sub regiões (como se fossem cidades), podem produzir Prosecco, e elas são...Valdobbiadene e Conegliano!
Neste caso a uva também se chama prosecco, e aí que está o problema!
Com a uva tendo o mesmo nome da região, então qualquer produtor, de qualquer parte do mundo, pode se quiser, colocar no seu rótulo PROSECCO, porque indica a uva...Capiche!? RISOS
Mas...os italianos estão brigando pelo mundo, para fazer esta uva mudar de nome para Glera, e também para que somente eles possam utilizar o nome Prosecco, quando produzidos nestas sub regiões que já citei!

Porto:
Você vai tomar um vinho do Porto, e adivinha onde este vinho é produzido!?
No Porto!?
É...Mais ou menos!
Na verdade, as uvas utilizada neste vinho são da região do Douro no norte de Portugal, e o vinho é produzido e fica armazenado em Vila Nova de Gaia, que é separado da cidade do Porto apenas pelo rio Douro.
Me perdoe se você já tomou algum vinho fortificado, em que o produtor colocou no rótulo Vinho do Porto, mas que era produzido em um outro país...É como comer Pastel de Belém, sem ser da região de Belém em Portugal...É bom, mas não é nunca, a mesma coisa!! RISOS
Mas para isso também já tem uma legislação, que proibiu este triste uso, portanto Vinho do Porto, só se for de lá mesmo!




Existem outros tantos vinhos que carregam histórias e nomes famosos, e que estão muito ligados a uma região, mas creio que os principais e mais famosos, estejam aqui!
Tá vendo!? Agora ninguém vai poder lhe oferecer Barolo da Sicília, Porto da Itália, Barbaresco sul africano, champagne argentino, e assim por diante (MUITOS RISOS)...Você que acompanha o VINRISOS, não se deixará enganar!!




Saúde sempre
Luciana Martinez

domingo, 7 de agosto de 2016

Aprender Sempre!!!


O conhecimento não tem limite!!!
Pois é, a partir do momento que fui "fisgada" pelo vinho, não parei mais, e já faz 13 anos desde o meu primeiro curso, onde comecei a "engatinhar" no assunto...
Ai que medo! Quanto mais estudo, provo coisas novas, leio artigos em revistas especializadas, livros de regiões, etc... mais percebo que não sei NADA... Risos!!
Ontem terminei, na verdade terminamos, a Lu e eu,  o módulo 2 do curso WSET ( Wine & Spirit Education Trust - renomado sistema de ensino em vinhos e destilados inglês) e você que nos acompanha no Face e Insta, provavelmente viu as nossas publicações diárias.
Foi uma experiência fantástica, como todas que nos abrem novos horizontes e trazem novos conhecimentos.
Provamos de 10 à 12 vinhos por noite - Não se preocupem, nossos fígados estão intactos, pois usávamos a cuspideira... Risos!!
Os estilos, cepas, forma de produção e etc... Era muito variado, e o mais interessante foi poder provar vinhos produzidos com a mesma uva, de continentes diferentes, por exemplo, comparar um Syrah do Rhône, com um bom exemplar de Barossa na Austrália, e tentar reconhecer às cegas, as características próprias de cada exemplar degustado.
O curso pede 30 horas de estudo prévio, e tem mais 24 horas de aula, distribuídas em 5 dias, não preciso dizer mais nada, né?  Ao chegar em casa ontem, depois de provar 5 espumantes, um vinho doce, e fazer a prova que abrangia TUDO que foi ensinado, achei que minha mente iria se desintegrar...Risos!!
Porém sobrevivemos, e percebemos que ainda existe muita coisa para aprender, e inúmeros assuntos que gostaríamos de compartilhar com você!
Por isso, não deixe de nos acompanhar, pois traremos muitos posts novos, cheios de informações que queremos muito dividir com você!
Não esqueça de mandar suas sugestões, afinal, se não fosse por você, não estaríamos aqui!



Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

domingo, 31 de julho de 2016

Vinho é coisa para a elite!!??

Viajando por este mundo afora, em busca de vinhos e taças que encham meu coração de alegria, coisa que o vinho faz com frequência absurda, li em algum canto sobre a relação do vinho com o Brasil, e esta dupla por aqui, tem uma relação no mínimo estranha, se pensarmos por exemplo nesta mesma relação na Europa.
Me explico...
No Brasil ainda hoje, quem gosta de vinho é chamado de "elitista", e se você tiver ou sonhar em ter um vinícola, no mínimo, será chamado de excêntrico!
Na Europa, o vinho é absolutamente integrado ao dia a dia das pessoas, sendo consumido no almoço e jantar pela maioria da população, porque não é considerado uma bebida alcoólica e ponto final. Lá o vinho é alimento, parte integrante da cultura local!
Para mim que amo vinho, é lindo de se ver...Jovens e pessoas das mais variadas idades, consomem vinho para acompanhar tudo, até mesmo um bom papo!!
No Brasil abrimos uma latinha de cerveja, o que não tenho nada contra, já digo logo, e ouço sempre para justificar o enorme consumo, que é mais barato...Você já fez a conta de verdade!?
Isso já vale um "post" só para falar destas contas...
Outra explicação para a cerveja, é o calor...E então me permito sugerir que prove um vinho branco com a uva torrontés, pinot gris, ou um tinto com a uva gamay, ou ainda...Já provou um vinho chamado "vinho de piscina" que você coloca gelo (leia aqui!), e é fresco e fácil de beber !?

A gente precisa mudar isso...Vinho é para todos!!

Somos um país jovem, em tempos de tantas mudanças, quem sabe eu esteja cooperando para mudar essa história!!?? (Pretensão pura...)
Quero poder ver o dia em que ninguém se surpreenda com alguém que gosta mais de vinho, ou que beba somente em dias de festa!
O vinho deve ser popular, como é na maioria dos lugares...Talvez a gente consiga até mesmo mudar as leis brasileiras, que cobram impostos enormes por ser considerado bebida alcoólica, sendo que em tantos outros países, é classificado como alimento!!

O vinho não é para a elite, acredite!

Sim, existem vinhos caríssimos, quase inacessíveis para a maioria, mas os supermercados e lojas de vinhos estão cheios de vinhos com bons preços, e quer saber o melhor!!??
Você não bebe sozinho, porque vinho nasceu para ser compartilhado, para ser dividido com a família e amigos, e para deixar seu dia muito mais feliz...Todos os dias!!





Saúde sempre!

Luciana Martinez