domingo, 25 de setembro de 2016

Afinal o que são uvas autóctones?


Como já falamos em alguns posts anteriores, o mundo do vinho tem um vocabulário próprio e aos poucos vamos desvendá-lo por aqui.
Você que já se apaixonou ou está se apaixonando por esse universo maravilhoso e infinito, já deve ter ouvido alguém dizer: "Essa é uma uva autóctone de Portugal!!" ou "Vinho produzido com variedade autóctone da África do Sul." Afinal o que é isso?
Quando uma uva é nativa de uma região, de um país, dizemos que ela é autóctone, ou seja, foi descoberta em determinado local onde mostra se "melhor lado".
Alguns exemplos dessas variedades são a Pinotage (África do Sul), Touriga Nacional e Baga (Portugal), Falanghina - Branca e Aglianico - tinta (Itália), Carignan (França), e por aí afora, são muitas, impossível listar todas aqui, só na Itália, que lidera o grupo, são mais de 300!!!
Mas vocês devem estar se perguntado; "O que tem isso de bom?", " Por que essa informação é interessante ?"
Primeiramente porque é vinho que não acaba mais para provar, ainda bem... Risos !!!
E além disso faz com que possamos sair do "lugar comum" que é sempre provar Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Chardonnay, etc...
Com as infinitas opções que chegam até nós atualmente, temos estilos e sabores muito variados e foi-se o tempo onde o vinho era "padronizado", há alguns anos atrás era "moda" vinhos com o mesmo estilo; "É como o consumidor gosta, muita madeira!! ", diziam os "consultores" do mercado e com isso muitos produtores se renderam a essa produção massificada.
Bom, dá para entender né, assim como em qualquer área de trabalho, o vinho é um negócio e DEVE ser lucrativo, mas como tudo que é demais não funciona, nos vemos voltando às raízes e muita coisa boa está sendo produzida sem tanta interferência externa.
Respeitando o local da produção, o estilo do vinicultor e sem sombra de dúvida às características da  cepa que PRECISAM ser valorizadas, por exemplo, nunca será feito um vinho branco da uva Melon de Bourgogne (Vale do Loire - França) que tem características leves, delicadas, parecido com um Chardonnay que pode passar por madeira e traz aromas muito mais marcantes.
Assim como as pessoas são diferentes, o que é belo e bom para um pode parecer estranho para outro e não existe certo nem errado, é tudo uma questão de estilo.
Então fica aqui a dica!! Aventurem-se por novos caminhos, provem coisas diferentes, comparem e avaliem, mesmo os mais tradicionalistas vão acabar agradecendo as boas surpresas que irão aparecer.
Não se esqueçam de dividir conosco suas descobertas !!!



Tim Tim!!!

Larissa Moschetta

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